Após
oito meses de recuperação, decorrente a um acidente de carro, Ella está indo
morar com seu pai. Os dois nunca tiveram um contato próximo, pois ele saiu de
casa quando ela era pequena. Neste acidente de carro Ella perdeu sua mãe e a
deixou aleijada e com muitas cicatrizes. Ela não quer morar com o pai, mas as
suas condições é impossível ir contra, porém ela tentará de tudo para provar
que é capaz de morar sozinha.
A
única válvula de escape de Ella é sua amizade com seu amigo virtual Cinder.
Eles não se conhecem pessoalmente e nunca mandaram fotos um para o outro. Mal
sabe ela que o rapaz é Brian Oliver, o queridinho de Hollywood e irá
interpretar o personagem preferido de Ella do livro O príncipe druída. A equipe
de Brian está tentando meios para limpar a sua imagem de bad boy, pois há
rumores do seu nome ser indicado para o Oscar. Para aumentar sua popularidade e
ter uma imagem de bom moço ele anuncia o noivado fake com sua companheira de
cena.
Um
casal improvável, mas mensagens por Messenger será o consolo para um e
refrigério para outro. Um sentimento que nasceu por meio das palavras está
crescendo cada vez mais. Será que os obstáculos da vida será o fator principal
para que os dois jamais se encontrem?
Amo
releituras de contos de fadas, pois podemos comparar cenas importantes e como
foi inovada. Também gosto, pois os autores mostram para seus leitores o desafio
que foi para criar uma história já pronta, mas precisou inovar. As releituras
variam de diversos gêneros e níveis de emocionais, amo essa liberdade. Cinder e
Ella mostrou uma releitura autêntica e a mais linda que já.
Ella
é uma personagem que desde o início construímos uma identificação. Quando
estava em direção a um spa para comemorar seu aniversário de dezoito anos com
sua mãe, houve um acidente que mudaria sua vida para sempre. Sua mãe morreu e
Ella ficou aleijada e com sequelas. Além de ter que se adaptar a sua nova forma
de viver, irá morar com seu pai que não vê há mais de dez anos. Para completar
ela terá que conviver com a nova família do pai e encarar sua nova escola. Não
será nada fácil, pois haverá diversos momentos que deixará seu coração em
frangalhos. No entanto, Ella verá que mesmo em momentos tristes poderá extrair
algo de bom. Por meio do seu blog, a jovem conheceu seu amigo virtual Cinder. O
rapaz comentou sobre uma crítica que a moça fez de um livro chamado o príncipe
druída. Cinder não é nada mais e nada menos que Brian Oliver, um ator famoso de
Hollywood.
É
inevitável comparar este livro com o conto de fadas, não é mesmo? Mas já
adianto que a autora foi fiel em todos os aspectos e conseguiu inovar a trama.
Ela seguiu a linha do drama e soube trabalhar com esmero, desde a construção
dos personagens ao desenvolvimento da obra.
Os
personagens foram construídos com diversas cargas emocionais. Tem aqueles que
amamos e outros que odiamos. A autora além de trabalhar a adaptação de Ella,
também inseriu o relacionamento dela com o pai. Algo que foi muito bem
trabalhado e conseguiu despertar diversos sentimentos, um deles de revolta. Não
consegui engolir a desculpa do pai por tê-la abandonada. Uma desculpa vazia e
com fundamento fraco.
A
trama em geral conseguiu me emocionar. O acidente, a recuperação da
protagonista, os problemas familiares, o bullying que sofre na escola e até seu
relacionamento com Cinder. A vida de Ella não é nenhum mar de rosas, mas sua
força e pessoas certas ao seu redor ela consegue superar.
O
relacionamento do casal na maior parte é mostrado virtualmente, mas em algum
momento isso vai além e podemos ver a química e como a autora soube desenvolver
bem este ponto. Oram tem uma escrita envolvente e fluida. Consegue emocionar o
leitor em diversos momentos e ao mesmo tempo arrancar um sorriso do rosto.
Para
os fãs de releitura de contos de fadas, Cinder e Ella tem tudo para conquistar
seu coração. Um romance lindo, fofo, comovente, com uma história de superação e
com um desfecho emocionante e de tirar o fôlego. A escrita da autora consegue
prender a leitura desde o começo e ainda deixou com gostinho de quero mais.
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