O
canal fechado E! estreou na última quarta-feira (19) o reality show “Alto
Leblon”. O programa tem o intuito de mostrar o dia a dia de cinco digital
influencers cariocas. Os participantes são: Dandynha Barbosa (blogueira), Bruno
Maffei (empresário e modelo), Daniel Marinho (empresário e ator), Taci Favato
(advogada e atriz) e Lu D’Angelo (relações públicas).
Daniel Marinho, Taci Favato, Lu D'Angelo, Dandynha Barbosa e Bruno Maffei (esquerda para direita/ Foto: E! Online) |
Assisti ao primeiro episódios e fiquei um tanto chocado com a qualidade
do programa. O reality show tem 30 minutos de duração, o que é muito pouco contando
com as programas do canal que são grandes. Senti os episódios terão o foco em
cada participante com uma história.
O
primeiro episódio enfocou Bruno Maffei. O rapaz namora(va) o modelo Vagner
Batista e a primeira cena foi Bruno cozinhando macarrão e Vagner questionando as
calorias do alimento e o criticando por fugir da dieta. Isso foi um gancho para
outra cena em que Bruno se encontrou com duas participantes do reality para
desabafar sobre as atitudes parceiro ultimamente. Outra história foi a
degustação de bebidas para o casamento de Dandynha Barbosa que levou sua amiga
Lu D’Angelo.
Os
outros participantes mostraram apenas os seus perfis. Pois outra cena foi uma
festa organizada por Bruno no intuito de fazer seu namorado interagir com seus
amigos, pois Vagner andou reclamando da vida social agitada do namorado.
As
cenas são bem toscas e encenadas. Porém, são atuações de forma bem ruim e
superficial. O reality show contém depoimentos individuais também, o que dá para
compreender melhor a narrativa sendo construído nas cenas.
O
meu questionamento é: por qual motivo escolheram essas pessoas? Acho que a cota
do programa não podia gastar muito e escolheram pessoas que não iriam cobrar caro, mas pensava que o canal E! era sofisticado e não iria se preocupar
com o valor financeiro. Pois, como o telespectador vai ter identificação com os
participantes, sendo que o intuito é expor o cotidiano dos digital influencers.
O
termo digital influencer foi muito enfatizado no Instagram, pela exposição do
estilo de vida e publicidade. Portanto, blogueiros, atores, cantores são
influenciadores digitais. Mas para o programa flopou, pois muita
gente não conhece as pessoas que estão ali. Taci Favato é advogada e atriz, mas
e aí? Daniel Marinho é empresário e quer ser ator, mas e aí? A pessoa que
escolheu é amiga dessas pessoas ou tem um péssimo gosto de escolher
participantes de reality show com o enfoque nos digital influencers.
Lembram
do reality Lucky Ladies? Que o intuito era evidenciar cantores de funk e
mentora era Tati Quebra Barraco? Foi um programa que deu certo, pois as
participantes já eram (algumas) conhecidas pelo público. Rolou uma
identificação e a interação entre as meninas eram sensacionais, com direito a bate
boca e tudo.
Quem
for assistir “Alto Leblon” já deve saber que o programa é sobre o cotidiano de
pessoas ricas. Portanto, não irá encontrar debates sobre política e economia do
país. Vai mostrar festas, almoços e os hobbies dos participantes.
Para
mim, o reality show é um cosplay jovem de Mulheres Ricas. O primeiro episódio
foi um tema para o programa Casos de Família, pois o foco só foi o incômodo de
Vagner para com o namorado.
Em
uma entrevista para O Globo, o diretor do programa, Rodrigo Ponichi, declarou
que as pessoas que estão criticando o programa por se tratar de “riquinhos” são
preconceituosas. Ele ainda completou “Por
que o fato de serem digital influencers ou com uma vida de mais acesso, digamos
assim, vai denegri-los ou fazer com que a vida delas seja menos interessante?”
Primeiro não acho que as pessoas sejam
preconceituosas, são apenas sinceras. Como que o programa quer promover um
reality para pessoas “famosas”, sendo que elas não são. Não acredito que alguém
com mais de cem mil seguidores no Instagram é famoso para entrar um programa
como esse.
Mas vamos pensar que o intuito não seja para
pessoas famosas. O quadro mudou, mas a conclusão sobre a qualidade do programa
continua a mesma. São pessoas engessadas e estão dialogando com os outros em
textos decorados.
Tiveram muitos comentários no Twitter sobre o
programa. Escolhi os melhores que achei para mostrar o que as pessoas acharam:
adoro ver rico passando vergonha, porque me mostra que posso ser pobre, mas bom senso eu tenho#AltoLeblon— lucas (@luscascas) 20 de julho de 2017
Qual número que liga pra eliminar as pessoas nesse #AltoLeblon ?— Malu Castro (@malucasttro) 20 de julho de 2017
Até os ricos e influencers também tem uma rotina cafona, hahaha. #AltoLeblon— Gustavo Bonotto (@gustavobonotto) 20 de julho de 2017
Como bom curioso vou continuar assistir, mas já sem nenhuma expectativa. Já sei que vai ser do mesmo, como atuações ruins e um enredo nada convincente.
NUNCA OUVI FALAR EM NENHUM DELES 😂 e sempre me impressiona o tanto de digital influencers que tem pelo Brasil e eu nao conheço (bem, nao me influenciam) rsrsrs
ResponderExcluirMAS pelo que vc falou senti uma vibe bem The Hills - so que mais humilde e na era do Insta (e com atuação pior, pelo que vc falou). Mas esse tipo de programa é engraçado pq é ruim e faz rir né? Vou tentar ver um ep qq dia
Bjsss
@cdevellyn
Hey, Eve! O diretor do programa numa entrevista que vi disse que o programa não seria mais um The Hills e veio com uma desculpa esfarrapada rs E sim, o programa é tão ruim que faz a gente rir e nos perguntar: porquê? kkkk Eu tbm me assusto quanto aos digital influencers. Vejo naqueles igs sobre famosos e às mencionam algumas blogueiras que nunca ouvi falar rsrsrs
ExcluirAbraços!