[EU CONTO SOBRE] Meu livro é Melhor!

No mês de agosto de 2009, conheci um novo mundo que nunca visto antes. Entrei no universo da literatura de cabeça e pude sentir sentimentos, ler cenas e diálogos que nunca pensei que um livro poderia ter algo mágico, ter o poder de ‘transportar’ para vários lugares diferentes. Não me arrependo de ter entrado, muito pelo contrário, gostaria de ter entrado antes, mas com os gêneros certos para poder ter aquele amor à primeira vista.

Fonte: We <3 it

O meu primeiro livro que li e que embarquei para esse mundo fantástico foi “Crepúsculo”. Já posso imaginar uma de suas sobrancelhas se elevarem, sua cara de desprezo pensando: “Sério? Começou com esse lixo?” ou “Fala sério, começar a gostar de ler por causa de um vampiro brilhante?”. Sim, amei o livro naquela época. Hoje, por tantos livros que li posso não gostar da mesma maneira, mas após ler o primeiro livro da saga me apaixonei perdidamente pela literatura e o que ela poderia me proporcionar.
            
Isso é motivo de discussões, debate e até mesmo término de amizades. Um simples gostar de um livro que não é do seu agrado é motivo de escárnio e desprezo para o gosto literário do colega. Já ouvi várias e várias vezes: “Seu gosto literário é péssimo”, “Onde está Érico Veríssimo, Saramago, Fernando Pessoa na sua estante?”. Eu não gosto de literatura com palavras rebuscadas. É necessário? Lógico, mas quando eu sentir necessidade ou querer sair da zona de conforto irei ler sim, mas quando eu tiver aquela sensação de curiosidade e certo prazer para pegar uma obra e mergulhar no universo coloquial.

            
Quem pode dizer se o livro é ruim ou não? Filósofos, jornalistas, professores, você? Não, ninguém tem esse poder. Então já vamos começar abolir essa afirmação tão clichê. Sua verdade não é absoluta e nem a minha. Quem sou eu pra dizer que determinado livro é um lixo? Só porque não é do meu agrado, só porque é um livro de entretenimento e que virou modinha? O gosto literário é relativo, apenas. O que é bom para você, para mim pode não ser e vice-versa. 


Além do respeito, que primeiramente isso é obrigatório de todo ser humano, as pessoas deveriam ter a consciência que o seu colega é livre para gostar de qualquer livro. Acho o primordial é que a pessoa está lendo, tem a sede e a vontade de viajar em lugares inimagináveis. Isso não faz dele nem pior ou melhor que você, é apenas livro gente! Não é certo esse desmerecimento todo para uma pessoa que gosta de um ler algo que 98% das pessoas odeiam.
            
Eu sempre soube que em todos os âmbitos culturais ou da vida tinham desmerecimento para com as pessoas com suas diferentes apreciações, mas ser ofensivo e degradante é algo inaceitável. Não vou dizer: “Cada um no seu quadrado”, porque debates são sempre aceitos, mas ultrapassar o limite ao ponto de diminuir alguém por gostar de “A culpa é das estrelas” é triste e decepcionante.
            
Não escrevi isso para atacar ninguém. Apenas para expor, desabafar aquilo que venho carregando há anos, mas nunca me dispus em sentar e desenvolver algo sobre. E você está na turma que é julgado ou é julgador?


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