Vamos falar sobre racismo?




É inegável dizer que o racismo está presente em todo mundo. Os negros são discriminados não é de hoje, há algo histórico que há muito tempo eles nasciam apenas para servir os brancos. O tempo foi passando, as gerações também, mas o desprezo e a acepção continuou marcado na pele de muitos pessoas.

No Brasil, por exemplo, segundo uma pesquisa feita pelo IBGE em 2013, 51% da população se considera negra. Ora pois, como que a metade da população se considera negra, mas continua com rastros extremamente racistas? Como que esse número gritante, o que deveria ser uma prova que os brancos aceitam os negros sem nenhum tipo de repúdio, mas acontece totalmente ao contrário.

Já ouvi muitos falarem que para o racismo acabar, deveriam parar de falar sobre o assunto. Lógico que não! Então o negro que é discriminado deve ficar calado, pois só assim o racismo vai acabar? O certo mesmo é expor os racistas que agridem as pessoas em todos os lugares. As redes sociais se transformou em uma terra que não é de ninguém e lá você pode falar qualquer coisa, até expurgar um balde de escrotice.

Podemos ver em destaque dias atrás a atriz Taís Araújo sofreu vários ataques racistas. Aonde vamos parar? Pessoas que vão para uma rede social para atacar a outra sem mais nem menos? Chegamos a um ponto que começamos a repensar na existência da humanidade, pois a cada dia me dá vergonha de fazer parte da mesma espécie que esse tipo de gente.

Nós somos criados desde pequeno com várias ideias e frases formatadas na nossa mente. Exemplo? Vamos lá:

“Nossa, você fez serviço de preto”
“Você acha que sou tuas negas?”
“Ohh macaco! Tiziu!”

Viram? São frases que ouvimos desde pequeno que há um peso depreciativo gritante! Mas temos que ter a consciência e a compaixão para com os outros. Com os negros! Nunca que 
esses racistas se colocaram no lugar de um negro para pensar o tamanho da dor que lhe é provocado. É inaceitável esse tipo de discriminação e ainda mais em pleno século XXI. Não há mais escravatura, mas a ideia da senzala continua impregnada na mente de muito branco. Para piorar tem até negro preconceituoso. São situações que nos deixam abismados e revoltados.

Eu sou um tipo de pessoa que detesto injustiça. Quando vejo alguém sendo diminuído ou fico sabendo de algum tipo de discriminação meu dispositivo de justiça e revolta é ativado. Eu tenho vários familiares negros, e tenho certeza que em algum momento alguma circunstância influenciou negativamente pela cor da pele.

As negras não podem suar seus cabelos black power, pois não estão dentro do padrão da sociedade. Ou seja, vamos alisar as madeixas, enchendo os cabelos de química ao ponto de até queimar o couro cabeludo. Ah os negros também não podem, ou seja, vamos lá raspar o cabelo ou deixa-lo o mais baixo possível. As roupas? Nada gritantes, viu!

Esse ano na São Paulo Fashion Week teve um desfile polêmico. A coleção Versage for Riachuelo foi inspirado em Marrocos. Então você me pergunta: “Então Luke, os modelos eram só negros?” Negativo, tiveram apenas 8 negros e o restante eram todos brancos. Como uma coleção inspirada na África os brancos ganharam mais uma vez um espaço maior? E os negros? Quando vão ter uma espaço igualmente aos brancos? Não adianta me falarem que os negros tem espaço igual aos brancos, não tem!

Esse post foi um desabafo de ver diariamente nos noticiários e depoimentos de pessoas a minha volta de uma discriminação sem fundamento. Uma discriminação que é baseado pela cor da pele! Pelo estilo de roupa! Pelo corte de cabelo! Isso é idiotice! Quando vamos parar de jogar ódio de graça, quando o mundo precisa de nós para fazermos a diferença. Quando vamos respeitar o próximo e não sermos etnocêntricos. Até quando vamos botar o bedelho na cultura e no comportamento do outro? As pessoas são livres! Livres com seu cabelos com dreads, black power, trançados! Livres com suas estampas, roupas coloridas. Isso é mostrar sua identidade e não camuflar quem você é. 


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