Resenha de Cinder e Ella, de Kelly Oram

Livro: Cinder e Ella
Série: -
Editora: Pandorga
Gênero: New Adult
Páginas: 269
Após oito meses de recuperação, decorrente a um acidente de carro, Ella está indo morar com seu pai. Os dois nunca tiveram um contato próximo, pois ele saiu de casa quando ela era pequena. Neste acidente de carro Ella perdeu sua mãe e a deixou aleijada e com muitas cicatrizes. Ela não quer morar com o pai, mas as suas condições é impossível ir contra, porém ela tentará de tudo para provar que é capaz de morar sozinha.

A única válvula de escape de Ella é sua amizade com seu amigo virtual Cinder. Eles não se conhecem pessoalmente e nunca mandaram fotos um para o outro. Mal sabe ela que o rapaz é Brian Oliver, o queridinho de Hollywood e irá interpretar o personagem preferido de Ella do livro O príncipe druída. A equipe de Brian está tentando meios para limpar a sua imagem de bad boy, pois há rumores do seu nome ser indicado para o Oscar. Para aumentar sua popularidade e ter uma imagem de bom moço ele anuncia o noivado fake com sua companheira de cena. 

Um casal improvável, mas mensagens por Messenger será o consolo para um e refrigério para outro. Um sentimento que nasceu por meio das palavras está crescendo cada vez mais. Será que os obstáculos da vida será o fator principal para que os dois jamais se encontrem?

Amo releituras de contos de fadas, pois podemos comparar cenas importantes e como foi inovada. Também gosto, pois os autores mostram para seus leitores o desafio que foi para criar uma história já pronta, mas precisou inovar. As releituras variam de diversos gêneros e níveis de emocionais, amo essa liberdade. Cinder e Ella mostrou uma releitura autêntica e a mais linda que já.

Ella é uma personagem que desde o início construímos uma identificação. Quando estava em direção a um spa para comemorar seu aniversário de dezoito anos com sua mãe, houve um acidente que mudaria sua vida para sempre. Sua mãe morreu e Ella ficou aleijada e com sequelas. Além de ter que se adaptar a sua nova forma de viver, irá morar com seu pai que não vê há mais de dez anos. Para completar ela terá que conviver com a nova família do pai e encarar sua nova escola. Não será nada fácil, pois haverá diversos momentos que deixará seu coração em frangalhos. No entanto, Ella verá que mesmo em momentos tristes poderá extrair algo de bom. Por meio do seu blog, a jovem conheceu seu amigo virtual Cinder. O rapaz comentou sobre uma crítica que a moça fez de um livro chamado o príncipe druída. Cinder não é nada mais e nada menos que Brian Oliver, um ator famoso de Hollywood.

É inevitável comparar este livro com o conto de fadas, não é mesmo? Mas já adianto que a autora foi fiel em todos os aspectos e conseguiu inovar a trama. Ela seguiu a linha do drama e soube trabalhar com esmero, desde a construção dos personagens ao desenvolvimento da obra.

Os personagens foram construídos com diversas cargas emocionais. Tem aqueles que amamos e outros que odiamos. A autora além de trabalhar a adaptação de Ella, também inseriu o relacionamento dela com o pai. Algo que foi muito bem trabalhado e conseguiu despertar diversos sentimentos, um deles de revolta. Não consegui engolir a desculpa do pai por tê-la abandonada. Uma desculpa vazia e com fundamento fraco.

A trama em geral conseguiu me emocionar. O acidente, a recuperação da protagonista, os problemas familiares, o bullying que sofre na escola e até seu relacionamento com Cinder. A vida de Ella não é nenhum mar de rosas, mas sua força e pessoas certas ao seu redor ela consegue superar.

O relacionamento do casal na maior parte é mostrado virtualmente, mas em algum momento isso vai além e podemos ver a química e como a autora soube desenvolver bem este ponto. Oram tem uma escrita envolvente e fluida. Consegue emocionar o leitor em diversos momentos e ao mesmo tempo arrancar um sorriso do rosto.

Para os fãs de releitura de contos de fadas, Cinder e Ella tem tudo para conquistar seu coração. Um romance lindo, fofo, comovente, com uma história de superação e com um desfecho emocionante e de tirar o fôlego. A escrita da autora consegue prender a leitura desde o começo e ainda deixou com gostinho de quero mais.



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