Resenha de Horror na Colina de Darrington, de Marcus Barcelos

Livro: Horror na Colina de Darrington
Série: -
Editora: Faro Editorial
Gênero: Terror
Páginas: 144

Sinopse: Em 2004, Benjamin Simons deixa o orfanato em que viveu desde a infância para ajudar alguns parentes num momento difícil: com sua tia debilitada e o tio trabalhando dia e noite, precisavam de alguém para tomar conta de sua prima Carla, de apenas cinco anos de idade.

No entanto, certa madrugada, a tranquilidade da colina de Darrington é interrompida por um estranho pesadelo, que vai tomando formas reais a cada minuto. Logo, Ben descobre-se preso numa casa que abriga mistérios, onde o inferno parece mais próximo e o mal possui uma força evidente.

Passaram-se mais de 10 anos. Isso tudo aconteceu quando Ben estava com dezessete anos, e foram experiências das quais ele preferia esquecer completamente…

Mas aquele passado o acompanha de perto. Ben sente que precisa voltar e sabe que, ou desvenda tudo ou sempre viverá com medo. Então, ele decide contar, e traz numa narrativa angustiante e rica em detalhes tudo o que viveu e todas as batalhas impensáveis que travou para tentar manter a si próprio e a jovem prima em segurança. E se descobre no centro de uma conspiração capaz de destruir até a sua própria sanidade.

Onde termina o inferno e começa a realidade?

Ben relata sua história que aconteceu há 10 anos, e o que ocorreu não é contado de forma implícita, muito pelo contrário. Os fatos são contados de maneira nua e crua, da maneira mais sangrenta possível. A sua família poderia ter sido o seu abrigo pelo resto de sua vida, mas o que se mostrou para ele foi um verdadeiro pesadelo.

Sua história iniciou quando sua prima Carla, de apenas cinco anos de idade começou a ver pessoas dentro da casa de seus tios. Ben morava em um orfanato, mas mudou-se para casa de seus tios para ajudar sua tia que estava acamada e precisava de alguém para cuidar dela e da criança. 

No decorrer da trama é mostrado indícios que a casa não era lar comum. O que deveria ser confortável e receptivo virou um verdadeiro massacre com tamanha violência. O garoto começou a ter visões, testando sua sanidade.

A obra é narrada pelo protagonista dez anos depois de ter vivenciado o inferno na terra. E seu depoimento é claro e chega testar o leitor a acreditar ou não no que diz. Há momentos que você não sabe se o que está sendo narrada é a realidade ou fruto da imaginação de Ben.

A escrita de Marcus é simples e objetiva, sendo que ele cumpriu o intuito de trazer uma história sucinta, mas que fosse capaz de levar o leitor para dentro da trama. Com uma narrativa pouco detalhista, porém sangrenta, o autor traz um equilíbrio sem fazer com que a leitura fosse enfadonha. Algumas pontas soltas são evidenciadas, pois é nítido que será mais explicado no segundo livro.

A edição da Faro está belíssima. Páginas e corte preto, com ilustrações e imagens mostrando documentos policiais, laudo médico, reportagens do caso de Ben e do que ocorreu na Colina de Darrignton. Isso foi ótimo para tornar a trama verossímil e aproximar o leitor dos fatos desenvolvidos.

Para os fãs do gênero de terror esse livro é uma ótima indicação. Não é uma obra longa e detalhada. O livro é desenvolvido de maneira objetiva, mas sem perder a velocidade narrativa. O relato de Ben carrega uma história sombria, com uma casa assombrada, lendas conhecidas e com muita ação. Estou ansioso para conferir o desenrolar dessa história, preparando o coração para mais sustos e o estômago para mais sangue.