Resenha de Stalker, de Tarryn Fisher

Livro: Stalker
Série: -
Editora: Faro Editorial
Gênero: Suspense
Páginas: 256
Quando Fig se muda para o bairro de West Barret Street, as motivações que deveria começar um novo ciclo e viver novas experiências são descartadas. Seu único intuito de ter se mudado é para acompanhar mais de perto de uma família. Sua obsessão começa a se aprofundar quando ela muda de seu recente casa, para outra do lado da residência dessa família.

Fig começa a copiar tudo aquilo que Jolene, a mulher responsável pela sua obsessão. Ela quer o cabelo, o perfume, a filha, o marido... A vida com o pacote completo de Jolene. Um jogo vai começar e muitas peças serão movidas para Fig conseguir o único objetivo: ser Jolene.

Estava muito ansioso para começar a leitura desse livro, pois a premissa chamou minha atenção e já li A Oportunista, da Tarryn, e sua escrita me fisgou e me mostrou um outro modo de narrar uma história. Dessa vez não foi diferente, seu jeito peculiar de narrar foi intenso e instigante.

A história é narrada por três perspectivas: Fig, a stalker; Dairus, o marido e Jolene, a esposa. Cada um tem sua versão e essa forma vai clarear e complementar muita coisa sobre o que cada um entende sobre determinado assunto e situação. 

Fig ao se mudar para o novo bairro tem o único intuito de ficar perto de Jolene, mãe de Mercy, no qual Fig acredita ser sua filha que perdeu reencarnada. Além disso, sua obsessão intensifica ao ponto de querer as pequenas coisas de Jolene, como cabelo, seu feed no Instagram, perfume, dentre outras coisas. Fig também quer a filha e o marido de Jolene e vai usar todas as armas que tem para conseguir.


Dairus é um homem bonito, tem sua carreira bem sucedida como psicólogo. Seu casamento é estável com Jolene e sua filha Mercy. Porém, há algo por trás do sorriso dele, há uma camada obscura debaixo da casca do homem do qual as mulheres olham com desejo e atração.

Jolene é uma mulher que ama sua família e também sua carreira. Ela é escritora, mas suas histórias são assinadas com um pseudônimo. Ela é o tipo de pessoa que quer ajudar os que estão precisando de algo, e o que tiver ao alcance dela fará com muito esforço e carinho. É como um projeto de ajuda, e Fig é o seu novo projeto, mas ela não esperava que sua nova amiga queria sugar tudo que é dela.

Essa história é louca, devo iniciar minha opinião dessa forma. É mais louca ainda quando sabemos que é baseado em uma história real! Isso mesmo, a autora Tarryn Fisher teve uma stalker atrás dela. 

Quando a história se inicia o leitor logo de cara se envolve na trama, e quando outras perspectivas são apresentadas várias vezes um bug é feito em nossa mente. Um jogo de mentiras, manipulação e obsessão é feito em todos os que estão inseridos na trama. A única personagem que pensei que seria uma outra pessoa é Jolene, pois sua bondade a cegava do engano e mentira ao seu redor e isso me deixou revoltado. Queria que ela tivesse mais pulso e ter imposto mais sua personalidade em vários eventos.

A escrita de Tarryn é fascinante. Ela consegue extrair e expor aos leitores o pior lado das pessoas. Enquanto, outras histórias são mostrados personagens irreais, Tarryn nos mostra pessoa que poderia ser qualquer um ao nosso redor. Pessoas carregadas de engano, mentira, falsidade, etc. E foi desse jeito que ela narra Stalker, com diálogos, conflitos que conseguem prender a atenção do leitor do início ao fim e fica com o gosto de quero mais.



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