Resenha de Deixada para trás, de Charlie Donlea

Livro: Deixada para trás
Série: -
Editora: Faro Editorial
Gênero: Thriller policial
Páginas: 368
Sinopse: Nicole Cutty e Megan McDonald são alunas do ensino médio na pequena cidade de Emerson Bay, Carolina do Norte. Quando elas desaparecem de uma festa na praia em uma noite quente de verão, a polícia inicia uma busca maciça. Nenhuma pista é encontrada e a esperança é quase perdida, até Megan milagrosamente aparecer depois de escapar de um bunker no fundo da floresta.

Um ano depois, o best-seller de sua provação transformou Megan de heróina local para celebridade nacional. É uma história triunfante e inspiradora, exceto por um detalhe inconveniente: Nicole ainda está desaparecida.

A irmã mais velha de Nicole, Livia, é uma perita forense e espera que em um breve dia o corpo de Nicole seja encontrado e entregue a alguém como ela para analisar as provas e finalmente determinar o destino que sua irmã teve. Em vez disso, a primeira pista para o desaparecimento de Nicole vem de outro corpo que aparece no necrotério, de um jovem ligado ao passado de Nicole. Livia vai até Megan para pedir ajuda, esperando descobrir mais sobre a noite em que as duas foram levadas. Outras meninas também desapareceram e Livia está cada vez mais certa de que os casos estão conectados.

Mas Megan sabe mais do que ela revelou em seu livro best-seller. Flashes de memória estão se juntando, apontando para algo mais escuro e mais monstruoso do que sua memória descreve. E quanto mais ela e Livia cavam, mais elas percebem que às vezes o verdadeiro terror está em encontrar exatamente o que você está procurando.


Desde que li a sinopse desse livro fiquei interessado em lê-lo. Pela premissa me passou ser um livro instigante e bem desenvolvido, e foi isso mesmo. O livro conseguiu passar sua mensagem e trazer certo sentimento de aflição quando o assunto é assassinos em série e detalhes de autópsia.

Megan era a típica garota popular na escola. Seu futuro estava garantido com uma faculdade renomada para medicina, estava ficando com outro garoto popular e também iria para mesma faculdade que ela. Enfim, tudo aparentemente perfeito. No entanto, ela não imaginava ser sequestrada em uma noite e dias depois conseguir
fugir do cativeiro.

Lívia, estudante de medicina especializando em patologia forense escolheu esse curso por um motivo: se um dia sua irmã mais nova, Nicole, aparecesse ela mesma queria saber o que ocorreu com ela. Um belo dia comum na sala de autópsia, algo incomum acontece: um corpo que pode ter ligação com o desaparecimento de Nicole.

Lívia decidiu investigar de forma amadora essa ligação desse corpo com o desaparecimento de sua irmã. Será preciso muito raciocínio e juntar peças e ligar pontos cruciais para chegar ao objetivo final: descobrir o paradeiro de Nicole. Megan se junta para ajudá-la com informações sobre seu desaparecimento, pois certamente está ligado também.

Há diversas vozes narrativas que são importantes para a compreensão da trama e para explorar suas personalidades e motivações. Podemos encontrar as narrações de Megan, Nicole, Lívia e também do responsável pelos desaparecimentos das meninas. Os personagens são muito bem explorados e conseguimos entende-los e junto com Lívia e Megan começamos a raciocinar também as pistas que vão descobrindo.


O autor apresenta uma trama recheada de furos, que aos poucos ele vai amarrando e criando a possibilidade de diversas teorias e sobre quem é responsável do desaparecimento de Nicole e Megan. O livro me lembrou de uma obra chamada “Não olhe para trás”, da autora Jennifer L. Armentrout, publicado pela editora Farol. Os dois livros há histórias semelhantes, como amnésia e pontos importantes que são apresentados na trama.

A escrita de Donlea é instigante e consegue prender o leitor do começo ao fim. Senti em poucos momentos a leitura ficar um pouco arrastada, mas nada que atrapalhe a dinâmica e o clímax da história. O livro parece ser um calhamaço, mas quando a leitura é iniciada as páginas vão sendo passadas e a leitura fica fluida.

A edição está linda e muito bem trabalhada. Há páginas cinzas que remetem ao passado, contando o ponto de vista de Nicole, Megan e outros personagens relevantes na trama. As folhas são grossas, fonte e espaçamento ótimos para ler.

Para os fãs de thriller policial esse livro é uma ótima recomendação. Há descrições detalhadas de autópsias, pistas que conseguem abrir um leque de possibilidades e criar nossas próprias teorias e conclusões.




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