Resenha de In Flight, de R.K. Lilley

Livro: In Flight
Série: Nas Alturas #1
Editora: Charme
Gênero: Romance erótico
Páginas: 336
Bianca é uma aeromoça profissional e ama aquilo que faz. Para chegar até aqui não foi nada fácil, pois teve uma infância sofrida e vivenciou momentos aterrorizantes. Certo dia em um voo ela se depara com um homem charmoso e que exala autoconfiança. Ele é James Cavendish, bilionário proprietário de hotéis. Um jogo sedutor se afinca depois deste olhar e nada será como antes para Bianca. James é um homem reservado, mas tem tudo aquilo que quer e seu desejo após entrar naquele avião é ter a jovem aeromoça. Uma relação que não será nada fácil, será que os gostos do Sr. Cavendish agradará Bianca ou será o motivo de ter um relacionamento que nem começou?
A história deste livro vir ao Brasil é muito interessante. Lembro que anos atrás os fãs fizeram um pequeno alvoroço nas redes sociais para que trouxesse a série Up in the air para os aeroportos brasileiros, quer dizer, para as nossas livrarias. Até aquele momento nenhuma editora tinha se interessado, mas a autora decidiu lançar de forma independente. Porém, algum tempo depois a editora Charme comprou os direitos para deixarem todos os fãs felizes e apreensivos de terem seus exemplares em mãos.
Bianca é uma jovem que se esforçou muito para ser aeromoça. Sua infância foi carregada de traumas e incerteza se viveria no outro dia. A rua foi seu lar um bom tempo, mas ela nunca esteve só, sempre teve Stefan, um amigo que a defende e cuida de tudo e de todos. Seu lado profissional se abalou no momento que pôs os olhos em James Cavendish. Ele é um homem fechado e transmite frieza, mas isso não foi motivo dela não sentir atração. James também sente o mesmo por ela e fará tudo para tê-la.
Ele não pretende ter nenhum relacionamento sério. Ela muito menos. O envolvimento entre eles começa já de forma intensa e avassaladora e aos poucos os muros que eles decidiram colocar envolta de seus sentimentos começam a desmoronar e a desnudar. James possui um gosto peculiar, a prática BDSM. Bianca arriscará e tentará ver algo bom deste lado, mas os fantasmas do passado às vezes vêm à tona. O Sr. Cavendish também não fica para trás quando o assunto são traumas e infância perturbada. Uma parte dos dois estão quebrados, e ambos poderão ser a chave para o conserto, unindo aquilo que os fazem sofrer interiormente para recomeçar algo que nunca pensariam encontrar.
James certamente estudou na Grey School e certamente trocou figurinhas com Christian Grey. “Nossa, Luke, mas vai comparar este livro com 50 tons?” É impossível não se lembrar de um dos personagens que foi percursor do gênero que abriu várias portas para obras semelhantes, não é? Mas vamos lá. Porém, ele e Bianca são um tanto volúveis quando o assunto é a área sentimental. Quando uma hora eles não querem nenhum tipo de envolvimento íntimo que ultrapassa a relação casual, outros já estão mergulhando no afeto. Portanto, eles mesmos caem em contradição nos suas próprias decisões. Hey, isso não quer dizer que não gostei da história, okay?
A história segue o clichê da maioria das tramas do gênero. Um homem que tem um passado conturbado e pratica algo mais intenso quando está com alguém. Encontra uma garota inocente e o resto da história você já sabe. A diferença é que Bianca não é um protagonista vulgo Anastasia Steele. Ela é uma mulher independente e toma suas próprias decisões. Vários momentos podemos perceber ela tomando as rédeas desta relação, deixando James desconcertado e nervoso por não ter controle. Ela ama sua profissão e não deixará que nada intervenha sua função.
A escrita de Lilley é muito envolvente e faz com que o leitor fique atento em todo momento. Com personagens fortes e empáticos, enredo bem construído e inserindo o clímax no momento certo. Além dos protagonistas, um personagem secundário que se destacou foi Stephan. Ele é amigo de Bianca desde que eram adolescentes, sempre a cuidou e protegeu.
Para os fãs do gênero este livro é uma boa indicação de leitura. Uma história contendo romance, pitadas de comédia e ação. A leitura é fluida, com descrições e diálogos objetivos e um clichê bem escrito e construído.
A diagramação e a tradução estão muito boas. A capa eu gostei, mas mudaria algumas coisas. A série é composta de quatro livros e o próximo tem como título de “Mile High”.





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