Na cidade de Bone, vive Margo, uma jovem que cresceu feliz com sua mãe,
mas as intercorrências da vida fez com que sua mãe a tratasse friamente,
não tendo mais o sentimento de aconchego, nem mesmo na casa que
cresceu, pois sente como se o ligar tivesse vida e a rejeitasse,
ganhando o nome de A Casa que Devora.
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A cidade onde vive a
maioria são pessoas deixadas às margens da sociedade, como prostitutas,
traficantes, deficientes, dentre outros. Ela se revolta em ver tantas
injustiças e ninguém fazer nada. Por isso, ela decide fazer ela mesma
justiça com suas mãos. Friamente e com objetivo ela fará com que os
pecadores, aqueles que cometem crimes e não são responsabilizados
experimentem as consequências de maneira drástica.
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A
personagem Margo nos mostra uma jovem sem sentido, objetivo e sem nenhum
propósito de vida. Ela sobrevive dia a dia em sua casa que a sente
devorar, sua mãe que não conversa e para ocupar um pouco da sua cabeça
ela trabalha em um brechó.
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Mas tudo muda quando ela começa a
observar as tragédias ocorrendo ao seu redor, mas especificamente na sua
cidade, onde ninguém é visto e responsabilizado com aquilo que faz. Nem
a polícia consegue lidar com os crimes acometidos naquele lugar. Mas
Margo decide resolver esses crimes com suas próprias mãos, não poupando
nenhum autor sem receber sua consequência por aquilo que fez.
Tarryn Fisher nos presenteia mais uma vez com uma trama bem
desenvolvida, com uma protagonista próximo da nossa realidade e temas
nos quais trazem verdadeiras reflexões, por exemplo, o que Margo decide
fazer é o certo ou errado? Certamente as opiniões serão ambíguas, mas
são importantíssimas para o debate.
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Um livro narrado por uma
mulher que talvez pareça com alguém ao nosso redor e também sente a
vontade de realizar as ações feitas por ela. Por isso, a trama ganha
mais veracidade, uma leitura estimulante capaz de prender a nossa
atenção do início ao fim, e certamente andaremos na corda bamba entre a
realidade e ficção.
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